sábado, 25 de julho de 2015

RESENHA: A GOTA D'ÁGUA - JEFF KINNEY * DIÁRIO DE UM BANANA - 03 (5º LIVRO DA #MLI2015)

Nome do livro: A gota d'água * Diário de um banana vol. 03
Autor: jeff kinney
Título original: Diary of a Wimpy Kid: The Last Straw
Tradução: Antônio de Macedo Soares
Editora: Vergara & Riba Editoras Ltda.
Ano: 2009
Número de páginas: 217

O terceiro livro da sério "O diário de um banana" veio a calhar com as necessidades dos desafios da #MLI2015 visto ser este um livro com imagens. Admito que "tremi na base" quando vi este item nos desafios da maratona e, senti uma leve frustração pairando no ar. Entretanto, assim que lembrei da série, fiquei completamente tranquilizada, visto este ser um dos pouquíssimas livros que contenham imagens e que estejam em um formato completamente acessível para pessoas com deficiência visual. Li-o em audiobook com a incrível leitura de Carla Domene na adaptação feita pela Fundação Dorina Nowill para cegos.
Greg Heffley é um adolescente típico que tenta das mais diversas formas, livrar-se das obrigações do dia-a-dia, bem como faz o possível para que suas travessuras não cheguem ao conhecimento dos pais (Frank e Susan). É constantemente "incomodado" pelos irmãos Manny e Rodrick (este por estar envolvendo-o em diversas confusões e aquele por dedurá-las todas aos pais). Rowley Jefferson é o melhor amigo de Greg e Holly Hills é a garota pela qual os dois amigos se sentem atraídos.
No livro lido para a #MLI2015 Greg se encontra numa fria pois, depois de aprontar artes demais para que seu pai Frank aguente-as sem tomar nenhuma atitude, se vê ameaçado pela possibilidade de seu pai colocá-lo em uma escola militar. O garoto passa o final do ano letivo inteiro tentando agradar ao pai com o intuito de não sofrer o castigo imposto, entretanto, é justamente sem querer e, em uma situação que pode vir a causar constrangimentos incontáveis a Greg que ele acaba realizando o seu desejo embora, é claro, a forma que aconteceu não era nem de longe sonhada por Banana.
O livro é extremamente curto e as cenas são descritas de forma a possibilitar uma compreensão completa de seu conteúdo, além da leitura de Carla ser bastante agradável aos ouvidos. A história é bastante simples, entretanto, o que prende os leitores da idade de Greg certamente são as sacadas humorísticas que o autor tem ao longo da obra.
O livro cumpre um dos desafios da MLI2015 visto ser "um livro com ilustrações". Além disso, faz parte da 3ª semana de leituras que, deve ser constituída por livros de romance, drama ou livros jovens adultos contemporâneos. Eu diria, inclusive, que "O diário de um banana" é muito mais infantil que infanto-juvenil, entretanto, acredito que ao longo dos livros da série, esta perspectiva possa ser modificada.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

RESENHA: PEQUENAS GRANDES MENTIRAS - LIANE MORIARTY (4º LIVRO DA #MLI2015


Nome do livro: Pequenas grandes mentiras
Autora: Liane Moriarty
Título original: Big Little Lies
Tradução: Adalgisa Campos da Silva
Editora: Intrínseca
Ano: 2015
Número de páginas: 400

Foi com um misto de alegria e satisfação que inclui este livro na minha MLI2015 visto que sou muito apaixonada pelo modo de escrita de Liane Moriarty. Ao ganhá-lo de uma amiga minha e verificar que este se tratava de mais um livro da autora de "O segredo de meu marido" já imaginei que experiências teria com a leitura.
Gostei da estruturação dos capítulos, em geral pequenos e bastante instigantes e, quando longos, bons o bastante para fazer com que nem reparemos no virar das páginas. É um livro em que três mães se encontram e, enquanto pensemos que elas não têm nada em comum nos surpreendemos com as tentativas de todas elas de se sustentarem mutuamente enquanto tentam sobreviver a cada dia. Adorei a estratégia da autora de interromper os capítulos com breves diálogos das testemunhas do crime, bem como de mudar o ponto de vista das personagens, fazendo com que o leitor tenha um panorama do que acontece por trás de cada porta fechada ou lembrança guardada.
Madeleine encontra-se em um dilema bastante complicado. Seu ex-marido está morando na mesma cidadezinha que ela e, ainda pior, a filha dele (do segundo casamento) está matriculada no mesmo jardim de infância que a sua menina mais nova, fruto também de um segundo casamento de Madeleine. Para deixar a situação ainda mais delicada, a filha que os dois tiveram juntos está mais do que disposta a sair de casa (ela tem 14 anos) e ir morar com o pai e a nova esposa que, pelo visto, parece ser o extremo oposto ao que Madeleine é.
Celeste é casada com Perry e tem os gêmeos Max e Josh. Aparentemente sua vida é perfeita, com um marido que muitas invejavam, uma situação financeira mais do que satisfatória e dois filhos que, apesar de bagunceiros, são as razões mais fortes para que Celeste continue vivendo. Entretanto, por trás daquela fachada ricamente decorada há uma existência de alguém que precisa de ajuda e de muita ajuda.
Jane é mãe de Ziggy, um garoto realmente muito inteligente e bastante sensível. Ao contrário das suas duas amigas recém conhecidas, ela é uma jovem mãe solteira cujo filho foi resultado de uma noite casual com um homem que ela jamais esperava encontrar novamente. Entretanto, fora para ali justamente por causa dele.
As histórias de Celeste e de Jane foram as que mais me sensibilizaram e, provavelmente, assim acontecerá com quase todos os leitores deste livro. Entretanto, penso que a história de Madeleine torna-se uma espécie de pausa para o café enquanto as outras duas histórias fazem com que o leitor corra páginas e mais páginas a procura de seus desfechos. Entretanto, alerto-o leitor para que não se engane. Nos livros de Liane Moriarty sempre há fogo inclusive, onde parece não haver nenhuma fumaça.
O livro cumpre dois dos desafios da MLI2015 visto ser "um livro que você ganhou" e ter exatamente quatrocentas páginas. Além disso, faz parte da 3ª semana de leituras que, deve ser constituída por livros de romance, drama ou livros jovens adultos contemporâneos.

RESENHA: INTENSIDADE - DEAN KOONTZ (3º LIVRO DA #MLI2015)Nome do livro: Intensidade

Nome do livro: Intensidade
Autor: Dean Koontz
Título original: Intensity
Tradução: A. B. Pinheiro de Lemos
Editora: Mandarim
Ano: 1997
Número de páginas: 308

Iniciando minha segunda semana de #MLI2015 deixei-me envolver pelo segundo livro de Dean Koontz que leio. O primeiro, chamava-se "Velocidade" e deixou-me algumas marcas muito positivas, de modo que decidi voltar a este autor no desafio deste ano. A segunda semana de maratona tratava-se de ser regada por livros de suspense e terror.
 "Intensidade" realmente me tirou o fôlego e vou lhes explicar o motivo. O livro narra a história de Chyna Shepherd, uma mestranda em psicologia que vai passar um final de semana na casa de Laura (sua única amiga). Entretanto, o que era para ser uma noite tranquila acaba se tornando seu pior pesadelo. Todos os moradores da casa são assassinados brutalmente e somente Chyna sobrevive. O que a manteve viva foi um instinto primitivo e quase vergonhoso para ela, fruto de uma infância povoada por bandidos que pareciam quererem dela mais do que ela poderia imaginar e por uma genitora que não carregava consigo o menor traço maternal. Ela escondeu-se em baixo da cama quando os assassinatos inexplicáveis começaram e, certamente, foi isto que lhe salvou a vida.
Posteriormente, uma corrida se inicia e um terrível jogo de gato e rato se dá entre ela e Edgler Foremen Vess ou, simplesmente, Mr. Vess quando Chyna percebe que existe a possibilidade de Laura estar viva. Na tentativa de salvar a vida da amiga e, ao mesmo tempo, esconder-se de Vess, a jovem se vê envolvida em uma trama jamais imaginável até mesmo para ela que teve uma infância tão difícil.
Vess acredita que a vida deve ser vivida com intensidade e que a cada homem ou mulher bonita que mata uma força inexplicável e estranha passa do cadáver para ele; sensação esta que ele têm quando ingere um alimento não comestível e entende que a beleza, firmeza, ou vivacidade deste passou a habitar seu corpo também. Logo, quando finalmente ele descobre a existência de Chyna, hesita entre a possibilidade de fazer com que a força daquela mulher também lhe pertença e o medo terrível de que ela seja o "pneu furado de seu caminho". Vess entende que uma sensação por si só não é ruim ou boa, mas sim que o ser humano tem a habilidade de transformá-la no que quiser por meio de seus pensamentos. Logo, para ele, o gosto do pavor intenso de alguém que está sendo morto pode ser igualmente inebriante quanto a visão de Ariel, completamente imóvel no porão de sua casa fingindo não perceber o mundo a sua volta.
Alternando entre os pontos de vista da mocinha e do vilão (talvez um dos vilões mais bem construídos que eu já tenha conhecido), Koontz desperta no leitor conflitos sobre ideias e pensamentos como uma espécie de "gangorra moral" o que torna a obra ainda mais intrigante. Detalhista ao estremo em alguns pontos, Koontz faz com que o leitor deseje que sua capacidade de leitura seja ainda mais veloz, a fim de conhecer o desfecho da história o quanto antes.
A obra faz parte da segunda semana de leituras da maratona, sendo esta constituída por thriller, suspense ou terror, sendo que o presente livro encontra-se nas duas primeiras categorias mencionadas. O livro cumpre um dos desafios da #MLI2015 visto ser "um livro do gênero que você menos leu no ano passado". O segundo livro a ser lido desta semana seria "O Cemitério" desafio este que não será cumprido nesta maratona. Talvez, na próxima eu finalmente tenha coragem de mergulhar em mais uma obra de King.

domingo, 12 de julho de 2015

RESENHA: JOGOS VORAZES - SUZANNE COLLINS (2º LIVRO DA #MLI2015)



Nome do livro: Jogos vorazes
Autora: Suzanne Collins
Título original: The Hunger Games
Tradução: Alexandre D'Elia
Editora: Rocco
Ano: 2011
Número de páginas: 400

Apenas cinco dias depois que comecei o livro Jogos Vorazes concluí sua leitura e, desse modo, minha meta para a primeira semana da #MLI2015 foi alcançada. Meu segundo livro de distopia foi uma leitura prazerosa e extremamente fluída.
Este é o primeiro livro de uma trilogia homônima que foi para as telonas com 4 filmes (o que não se faz para ganhar mais um pouco de dinheiro dos espectadores, não é mesmo?), sendo que o último filme foi dividido em duas partes. Assisti o filme referente ao primeiro livro ainda neste ano e, tudo o que obtive como resultado, foi uma imensa vontade de ler os livros da trilogia.
A história é dividida em três partes (os tributos, os jogos e, finalmente, o vitorioso), definindo muito bem a trajetória dos personagens na obra. Como a maior parte de nós já sabe, o livro conta a história de um país chamado Panem que teria sido criado após o fim dos EUA e é dividido em doze distritos mais a capital. Em algum ponto de sua história, existiu também o distrito treze, o qual foi extinto após tentar se rebelar contra a Capital em anos anteriores. Como intimidação para que novas rebeliões não aconteçam, a Capital criou os "Jogos Vorazes" onde um garoto e uma garota com idades entre doze e dezoito anos de cada distrito deveriam lutar até a morte, restando apenas um vencedor. A escolha desses garotos é realizada em uma cerimônia denominada "colheita" onde, por meio de um sorteio, os tributos de cada distrito eram escolhidos.
Buscando evitar que Prim, sua irmã de apenas 12 anos fosse para os jogos, Katniss ofereceu-se voluntariamente para ser o tributo feminino do seu distrito. Peeta, filho do padeiro, foi o tributo masculino sorteado e, dessa vez, ninguém veio em seu socorro para se oferecer como tributo em seu lugar. Ora juntos, ora completamente separados, os dois procuram sobreviver na capital, com seus aparatos tecnológicos intimidadores, bem como aos dias simplesmente insuportáveis na arena onde ocorrerão os jogos.
O livro é narrado a partir do ponto de vista de Katniss, a garota que caçava ilegalmente, correndo o risco de ser morta por tal ousadia, apresentando as estratégias de sobrevivência desta por meio de seu raciocínio, em geral muito lógico e objetivo. Na arena, ambos encontram pessoas as quais se aliar e pessoas das quais simplesmente correr para que se possa sobreviver, ao menos, até a hora seguinte. Quanto ao outro dia, jamais se pode afirmar que nascerá para todos.
O livro cumpre quatro dos desafios da MNI2015 visto ser um livro que "já virou ou vai virar uma adaptação cinematográfica", "inicia uma trilogia", "um livro com mais de quatrocentas páginas" e, ser um "livro que você ganhou". Além disso, faz parte da 1ª semana de leituras que, deve ser constituída por livros de fantasia, distopia ou ficção científica.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

RESENHA: FAHRENHEIT 451 - RAY BRADBURY (1º LIVRO DA #MLI2015)



Nome do livro: Fahrenheit 451
Autor: Ray Bradbury
Título original: Fahrenheit 451
Tradutor: Cid Knipel
Editora: Globo
Ano: 2012
Número de páginas: 256

O primeiro livro da Maratona Literária de Inverno de 2015 (#MNI2015 nas redes sociais) foi concluído nesta manhã de segunda-feira. Trata-se de Fahrenheit 451 escrito por Ray Bradbury. A obra, já adaptada para o cinema, conta a história de Montag, um bombeiro que, acredite, tinha como função justamente o oposto do que estamos acostumados a ver os bombeiros fazendo: Ele ateava fogo. E, não somente ele, mas sim todos os bombeiros daquela comunidade. Ray Bradbury cria uma sociedade na qual as casas são a prova de fogo e, desse modo, a única função dos bombeiros é atear fogo em livros. Já que não existe mais a necessidade de acabar com o fogo, bombeiros como Montag precisam acabar com os já poucos livros existentes naquela cidade.
Certa vez, Montag conhece Clarisse, uma jovem que diz ter dezessete anos e ser completamente maluca pois, segundo o que seu tio afirma, essas duas coisas andam sempre juntas. Ela gosta de passear a noite (um hábito completamente extinto pela sociedade em que vivem), ela toma banho de chuva e gosta de sentir os pingos nos lábios, gosta de, acredite, conversar e, por incrível que pareça, não possui "murais televisivos" tal como acontece na casa de todos os cidadãos honestos daquela cidade. Inteligente, Clarisse gosta de saber o "por quê" das coisas e, enfrenta Montag quando lhe faz uma pergunta que muda a vida do bombeiro: "Você é feliz?". A questão, com dimensões verdadeiramente assustadoras, começa a perturbar o homem que procura abordá-la com a sua esposa, Mildred.
"- Quando e onde nos conhecemos?"
Ele decide perguntar, certo dia e, fica ainda mais assustado quando percebe que nem ele, nem a esposa, sabem responder corretamente a questão. Como poderiam os dois ser um casal feliz se não sabiam nem quando nem aonde haviam se conhecido? Tudo o que sabiam e o que tinham era a realidade palpável que viviam. Realidade, esta, embebida em comprimido para dormir e "murais televisivos" que eram chamados de "família" e interagiam com o telespectador quando configurados para tal. A esposa vivia com duas conchas nas orelhas (algo muito semelhante aos nossos fones de ouvido) e acabara se tornando perita em leitura labial. Quando não estava com a "família" estava envolvida pelas ondas do rádio oficial que a traziam e levavam para lá e para cá conforme a maré da praia de suas mentes.
Outro fato determinante para roubar a paz de Montag é uma das ocorrências que ele vai atender em uma noite qualquer, quando uma senhora se permite ser queimada com todos os seus livros. O bombeiro começa a se questionar acerca de qual será a magia daquelas páginas repletas de letras aparentemente sem significado e com personagens inexistentes que faz com que pessoas morram e matem por elas. Movido por tal curiosidade ele faz o inconcebível: rouba livros dos locais onde deveria queimá-los e os armazena em sua casa e tenta lê-los em uma tarde, também qualquer.
Não conseguindo entender ao certo o que aquelas palavras estão querendo dizer-lhe, ele se vê pedindo ajuda ao professor Faber o que desencadeia fatos completamente imprevisíveis para Montag e as pessoas que vivem em torno dele.
O livro cumpre um dos desafios da MNI2015 visto ser um livro que "já virou ou vai virar uma adaptação cinematográfica" e faz parte da 1ª semana de leituras que, deve ser constituída por livros de fantasia, distopia ou ficção científica.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

RESENHA - TODA LUZ QUE NÃO PODEMOS VER


A sinopse do livro nos apresenta o seguinte:

Marie-Laure vive em Paris, perto do Museu de História Natural, onde seu pai é o chaveiro responsável por cuidar de milhares de fechaduras. Quando a menina fica cega, aos seis anos, o pai constrói uma maquete em miniatura do bairro onde moram para que ela seja capaz de memorizar os caminhos. Na ocupação nazista em Paris, pai e filha fogem para a cidade de Saint-Malo e levam consigo o que talvez seja o mais valioso tesouro do museu. Em uma região de minas na Alemanha, o órfão Werner cresce com a irmã mais nova, encantado pelo rádio que certo dia encontram em uma pilha de lixo. Com a prática, acaba se tornando especialista no aparelho, talento que lhe vale uma vaga em uma escola nazista e, logo depois, uma missão especial: descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia. Cada vez mais consciente dos custos humanos de seu trabalho, o rapaz é enviado então para Saint-Malo, onde seu caminho cruza o de Marie-Laure, enquanto ambos tentam sobreviver à Segunda Guerra Mundial.

Agora, falando um pouquinho sobre o que achei...

Muito bem escrito, muito bem mesmo. O livro apresenta frases bem construídas, um vocabulário bastante amplo e todas as características que esperamos encontrar em um livro desse porte. Tenho que admitir que mal vi as mais de 500 páginas passarem diante de mim. Terminei a leitura com certeza querendo mais obras desse autor. A história é muito bem estruturada, é construída em flashes. O autor nos mostra os personagens principais no clímax dos eventos do livro já nas primeiras páginas, entretanto, por meio de vários flashes vai nos apresentando os fatos que os levaram para tais circunstâncias. Sem revelar em demasiado e, sabendo como mostrar-nos somente aquilo que precisamos ver naquele momento, o livro trás em si um conjunto fantástico de retratos da vida antes, durante e pós segunda guerra mundial.
Entendo que muitos são os livros com esta temática e que, de algum modo, necessitamos surpreender-nos com obras de uma temática já tão amplamente explorada. Como pessoa cega, sempre fiquei me imaginando nas circunstâncias dos personagens das obras que tinha lido sobre este assunto e inevitavelmente ficava com a impressão de que as pessoas com deficiências não eram observadas nestes tempos turbulentos. Entretanto, ANTHONY Doerr nos apresenta uma personagem cega e que, longe de representar os estereótipos da pessoa com deficiência visual, nos mostra de uma forma bastante fidedigna como vivem as pessoas com esta característica. É notável todo o empenho e as diversas horas que o autor dedicou para o estudo da deficiência visual e é realmente notável a maestria com a qual ele trata do tema. Marie-Laure é constantemente estimulada pelo pai que a faz montar e desmontar inúmeros quebra-cabeças na forma de presentes; ele a ensina o caminho do museu onde ele trabalha para a casa dela; constrói para a filha uma maquete da cidade onde eles vivem com a intenção de trazer para o conhecimento dela a disposição das casas e edifícios da cidade; presenteia-lhe com livros em braille; ensina-a um método seguro de mobilidade, contando passos, bueiros e demais sinais que possam orientá-la nos seus caminhos. Um guia bastante razoável acerca da vida de uma pessoa cega e uma precisão incrível na hora de apresentar e retirar flashes para instigar o leitor e fazê-lo implorar só por mais uma página.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

MARATONA LITERÁRIA DE INVERNO DE 2015 #MLI2015



Esta maratona acontece todos os anos e tem como objetivo intensificar nossos hábitos de leitura; desse modo, como este ano estou lendo cerca de cinco livros por mês, estou apresentando-lhes a minha lista com dez livros, de acordo com as temáticas semanais e os desafios.
A MLI2015 foi proposta pelo Victor que tem um canal no Youtube. Caso queira, sugiro que assista o vídeo de apresentação dele no link: https://www.youtube.com/watch?v=giV3fFuq0p4&feature=youtu.be ou, se preferir, leia sobre a maratona na página do evento no facebook: https://www.facebook.com/events/799368423511733/
Antes, preciso admitir que o item referente a "um livro de capa azul" me deixou de cabelos brancos. Não enxergo e leio por meios digitais ou audiolivros e, sinceramente, não sabia qual deles apresentava capa azul. Mas, nada que uma boa pesquisa no Google não resolva (ou, a ajuda de um olho amigo).
Sem mais delongas, vamos lá. Decidi por as sinopses junto com a lista, objetivando deixá-los interessados pelos livros e, como todo bom leitor, com muita fome de leitura!

Semana 01: Fantasias, Distopias e/ou Ficção Científica

Fahrenheit 451 (Ray Bradbury)
Desafios contemplados:
* Um livro que já virou ou vai virar uma adaptação cinematográfica;
Sinopse: A obra de Bradbury descreve um governo totalitário, num futuro incerto mas próximo, que proíbe qualquer livro ou tipo de leitura, prevendo que o povo possa ficar instruído e se rebelar contra o status quo. Tudo é controlado e as pessoas só têm conhecimento dos fatos por aparelhos de TVs instaladas em suas casas ou em praças ao ar livre. O livro conta a história de Guy Montag, que no início tem prazer com sua profissão de bombeiro, cuja função nessa sociedade imune a incêndios é queimar livros e tudo que diga respeito à leitura. Quando Montag conhece Clarisse McClellan, uma menina de dezesseis anos que reflete sobre o mundo à sua volta e que o instiga a fazer o mesmo, ele percebe o quanto tem sido infeliz no seu relacionamento com a esposa, Mildred. Ele passa a se sentir incomodado com sua profissão e descontente com a autoridade e com os cidadãos. A partir daí, o protagonista tenta mudar a sociedade e encontrar sua felicidade.

 Jogos vorazes (Suzanne Collins)
Desafios contemplados:
* Um livro que já virou ou vai virar uma adaptação cinematográfica;
* Comece ou termine uma série, trilogia ou duologia;
* Um livro que você ganhou;
* Um livro com mais de 400 páginas (na verdade, tem exatamente 400 p).
Sinopse: Constituída por uma suntuosa Capital cercada de 12 distritos periféricos, a nação de Panem se ergueu após a destruição dos Estados Unidos. Como represália por um levante contra a capital, a cada ano os distritos são forçados a enviar um menino e uma menina entre 12 e 18 anos para participar dos Jogos Vorazes. As regras são simples - os 24 tributos, como são chamados os jovens, são levados a uma gigantesca arena e devem lutar entre si até só restar um sobrevivente. O vitorioso, além da glória, leva grandes vantagens para o seu distrito. Quando Katniss Everdeen, de 16 anos, decide participar dos Jogos Vorazes para poupar a irmã mais nova, causando grande comoção no país, ela sabe que essa pode ser a sua sentença de morte. Mas a jovem usa toda a sua habilidade de caça e sobrevivência ao ar livre para se manter viva. ...

Semana 02: Thriller, Suspense e/ou Terror

Intensidade (Dean Koontz)
Desafios contemplados:
* Um livro do gênero que você menos leu no ano passado (suspense);
Sinopse: Chyna Shepherd não teve uma infância feliz. De uma vida feita de violência e tragédia ela parece ter trazido apenas traumas, que aos vinte e seis anos pensa ter superado. Mas essa experiência lhe ensinou outra coisa. Ela aprendeu a sobreviver.
Uma noite, hospedada na casa de uma amiga, ela percebe que alguma coisa está errada. Um estranho invade a casa, e Chyna se vê envolvida em um turbilhão de acontecimentos que não pode controlar. O nome do estranho é Edgler Foreman Vess, um homem que se dedica a viver com intensidade. E isso, para ele, significa matar. Vess absorve a beleza com sentidos aguçados, sente intensamente... e destrói. Calmo e preciso, absorve a morte e o horror que provoca.
Quando percebe que todos na casa estão mortos, o primeiro impulso de Chyna é sobreviver. Esconde-se. Foge. Mas então descobre que há uma próxima vitima, em outro lugar, uma menina inocente correndo o mesmo perigo. Com um misto de pavor e coragem, lança-se então em perseguição ao hábil e frio assassino, um psicopata que já matou muitos e vai continuar matando, a menos que ela faça alguma coisa. E agora cada decisão passa-se como um jogo perigoso, e Chyna pode não estar preparada.

 O Cemitério (Stephen King)
Desafios contemplados:
* Um livro que já virou ou vai virar uma adaptação cinematográfica;
* Um livro do gênero que você menos leu no ano passado (terror);
Sinopse: Louis Creed, jovem médico de Chicago, acredita que encontrou seu lugar naquela pequena cidade do Maine. Uma casa boa, o trabalho na universidade, a felicidade da esposa e dos filhos. Num dos primeiros passeios para explorar a região, conhece um cemitério no bosque próximo à sua casa. Ali, gerações e gerações de crianças enterraram seus animais de estimação. Para além dos pequenos túmulos, onde letras infantis registram seu primeiro contato com a morte, há, no entanto, um outro cemitério. Uma terra maligna que atrai pessoas com promessas sedutoras.
Um universo dominado por forças estranhas capazes de tornar real o que sempre pareceu impossível. A princípio, Louis se diverte com as histórias fantasmagóricas do velho vizinho Crandall. Só aos poucos começa a perceber que o poder de sua ciência tem limites. Prepare-se para páginas de puro pavor. Em uma de suas mais terríveis histórias, Stephen King mostra como a dor e a loucura, muitas vezes, dividem a mesma estrada.

Semana 03: YA Contemporâneo, Romance e/ou Drama

Pequenas grandes mentiras (Liane Moriarty)
Desafios contemplados:
* Um livro que você ganhou;
Sinopse: Madeline é forte e passional. Separada, precisa lidar com o fato de que o ex e a nova mulher, além de terem matriculado a filhinha no mesmo jardim de infância da caçula de Madeline, parecem estar conquistando também sua filha mais velha. Celeste é dona de uma beleza estonteante. Com os filhos gêmeos entrando para a escola, ela e o marido bem-sucedido têm tudo para reinar entre os pais. Mas a realeza cobra seu preço, e ela não sabe se continua disposta a pagá-lo. Por fim, Jane, uma mãe solteira nova na cidade que guarda para si certas reservas com relação ao filho. Madeline e Celeste decidem fazer dela sua protegida, mas não têm ideia de quanto isso afetará a vida de todos.

Diário de um Banana - 03 - A gota d'água (Jeff KINNEY)
Desafios contemplados:
* Um livro com figuras ou ilustrações;
* Um livro que já virou ou vai virar uma adaptação cinematográfica;
Sinopse: Greg não toma jeito mesmo. E a cada dia se envolve em mais confusão. O difícil é fazer seu pai engolir esse "talento" de Greg para se meter em situações embaraçosas. Ele já está por aqui com o garoto. E para botar algum juízo na cabeça dele, Frank Heffley tenta de tudo um pouco. É claro que Greg sempre encontra uma maneira de estragar tudo. Até que seu pai faz uma grande ameaça e as coisas mudam de figura. Qual será a gota d´água que vai fazer a paciência de Frank transbordar de vez?

Argel, Cidade Branca (Régine Deforges)
Desafios contemplados:
* Comece ou termine uma série, trilogia ou duologia;
Sinopse: Léa, intrépida heroína de Bicicleta Azul, está de volta à França: terá de reunir seus esforços novamente, para mais uma aventura! A guerra de independência da Argélia, que desponta na capital, Argel, trará vários conflitos internos ao país. Léa e François, seu eterno companheiro, serão desafiados novamente pelos infortúnios da guerra e projetado no coração de acontecimentos dramáticos que, mais uma vez, irão testá-los duramente, colocando à prova tanto suas convicções quanto seu amor.

Grandes esperanças (Charles Dickens)
Desafios contemplados:
* Um livro com mais de 400 páginas;
* Um livro que alguém escolheu para você;
Sinopse: Charles Dickens é um dos mais célebres romancistas ingleses. É também o mais típico da Inglaterra vitoriana. Criou uma prosa original, rica de símbolos, e viu-se cercado da fama de reformador por ter narrado os horrores dos asilos, escolas e prisões da época. Sua obra, impregnada de mistérios, tem afinidades com o romance gótico e constitui um vasto painel melodramático da Londres industrial de 1830-1850. A postura essencialmente sentimental de Dickens expressou-se com muita nitidez em seus contos de Natal, publicados e lidos no mundo inteiro. Em 1861 Dickens publicou o mais equilibrado de seus romances: "Grandes Esperanças". A obra foi inspirada em sua experiência amorosa com a atriz Ellen Ternan, com a qual rapidamente se decepcionou. Grandes Esperanças é uma de suas obras-primas. Dickens acreditava, como todo inglês médio da época, na imutabilidade da hierarquia social e condensou no destino de Pip - principal personagem da obra - sua própria experiência: os perigos de uma ascensão social demasiado rápida.

Semana 04: Livros nacionais

O Ateneu Raul Pompéia
Desafios contemplados:
* Um livro que já virou ou vai virar uma adaptação cinematográfica;
* Um livro que você ganhou;
Sinopse: Hoje não existem mais escolas como o Ateneu. Não há mais a violência autoritária e castradora de um diretor de internato como o terrível Aristarco., dono da vida, dos sentimentos, da sexualidade, dos sonhos e dos desesperos dos alunos. Raul Pompéia criou um romance imortal, ainda bastante atual, na forma de protesto dos jovens contra a ditadura dos mais velhos.

 Meu pé de Laranja Lima (José Mauro de Vasconcelos)
Desafios contemplados:
* Um livro que já virou ou vai virar uma adaptação cinematográfica;
* Um livro de capa azul;
Sinopse: Na obra juvenil mais conhecida de José Mauro, a pobreza, a solidão e o desajuste social vistos pelos olhos ingênuos de uma criança de seis anos. Nascido em uma família pobre e numerosa, Zezé é um menino especial, que envolve o leitor ao revelar seus sonhos e desejos, por meio de conversas com o seu pé de laranja lima, encontrando na fantasia a alegria de viver.